Você vê a depressão como doença, ou uma frescura?
Infelizmente, há muitas pessoas que DORMEM na ignorância e ainda pensam primitivamente, pensando que a depressão é um ato de frescura, que com uma simples Terapia é curado. Existem 23 tipos de Depressões, só as leves, em estágio inicial, é que podem ser curadas com uma Terapia. Aqui eu fiz um manual, para você poder entender e poder ajudar e encaminhar para o departamento correto, para cuidar desta DOENÇA, QUE PRECISA DE MEDICAMENTOS.
Por que precisa de medicamentos? Porque, há um corte na ligação do hipotálamo com os neurônios, faltando o hormônio correto e mesmo que a pessoa leia milhões de livros de auto-ajuda, não será solucionado, porque precisa repor com medicamentos.
Imagine essa ligação..., a energia liga uma ponta à outra. Quando rompe essa energia, termina a fonte que é preciso para obtermos a luz.
A mesma coisa acontece com o hipotálamo
Se romper a ligação, os hormônios param de produzir, vem a melancolia, o choro, a tristeza profunda e nada e nem ninguém falando em seu ouvido vai adiantar. Só tomando medicamento
correto, tudo se normalizará.Então, se você ver alguém falar que está com depressão é só passear, só ficar alegre, só ler livros de auto-ajuda vai se curar, mande ler este manual, para você também poder ajudar essa pessoa.
Fiz com carinho e espero contribuir. Leia com muita atenção.
Psicóloga Olga Regina, ajudando você a ajudar quem precisa.
Vou começar falando dos Distúrbios Afetivos
Os distúrbios afetivos podem ser facilmente estudado através do confronto entre a semelhança do afeto anormal e as emoções normais do mesmo tipo.
Os indivíduos tristes
A alegria normal geralmente é acompanhada de maior liberdade com fluidez da palavra e do movimento e de uma estimulação de todas as atividades psicológicas.
O estado maníaco induz sintomas correlatos: falta de inibição, uma aparente rapidez de reações psicológicas, distração e fuga de ideias. A exaltação do humor é acompanhada por um sentimento de bem-estar geral, que no estado maníaco manifesta-se como falta de discernimento. O humor triste predispõe a uma preocupação com pensamentos sombrios, e o depressivo assume atitude hicondríaca com queixas exageradas de mal-estar corporal.
As emoções fortes de qualquer natureza perturbam o sono normal, e em ambos os tipos de psicose afetiva a insônia é um sintoma dominante.
O estado afetivo total dá colorido não só à perspectiva individual mas também à impressão obtida do ambiente. Um afeto desta espécie pode ser observado nos preconceitos e nas falsas interpretações dos maníacos e dos depressivos podendo, até mesmo, proporcionar interpretação parcial de suas ideias delirantes.
O paralelismo entre as reações emocionais normais e anormais pode exagerar-se e a tentativa de derivar os sintomas dos estados maníacos e depressivos seguindo uma linha de 'compreensão' (isto é, vendo no anormal só o que é normal, porém de uma forma extrema) pode ser facilmente levada ao excesso neste e em muitos outros campos da psicopatologia.
Há, realmente, muitas exceções ao esquema geral. Os depressivos frequentemente não são inibidos mas sim inquietos e loquazes sem qualquer sinal de inibição psíquica ou motora. Um exame mais profundo mostra que a hiperatividade de muitos pacientes maníacos geralmente é repetitiva e improdutiva. Os deprimidos podem apresentar uma ausência completa de discernimento, NEGANDO estarem doentes e mantendo-se inabaláveis em suas ideias de culpa e punição.
Os pacientes maníacos podem sentir-se mal e queixar-se de nervosismo e excitabilidade. A ansiedade nos depressivos e a irritabilidade em ambos os tipos complicam bastante o quadro. A maioria dos clínicos concordam que os estados maníacos e depressivos puros e simples são raros.
Kraepelin
julgou necessário introduzir um terceiro grupo, as formas mistas, nas quais maníacos e depressivos estão intricadamente ligados. Estas formas mistas não são raras, especialmente no início da fase maníaca ou da fase depressiva e ao aproximar-se da remissão. Para fins práticos, entretanto, o uso deste conceito deve ser restrito, evitando-se sua aplicação a qualquer desvio ligeiro que se afaste do tipo clássico.Os fenômenos psicológicos observados nas constituições ciclotímicas têm importância limitada quando comprados aos das psicoses afetivas mais graves.
Schneider (1920) afirma que as depressões reativas e psicógenas podem ser distinguidas das depressões endógenas apenas pelos sintomas, e que o humor depressivo nas depressões endógenas tem uma qualidade própria - depressão vital. Esta expressão chama a atenção para a camada mais profunda da personalidade na depressão endógena, camada estreitamente ligada com os concomitantes somáticos da afetividade. Mas, não vou entrar em detalhe aqui, porque é muito profundo.
Vou falar agora de uma parte muito importante, que é a Base Neurológica da Depressão
Nestes últimos anos os aspectos fisiológicos e bioquímicos do distúrbio afetivo receberam atenção crescente dos pesquisadores Psicólogos, Psicanalistas e Psiquiatras. Embora nas necropsias nunca se tenham encontrado alterações patológicas relevantes no cérebro de pacientes que sofriam de disturbio afetivo, existem muitos indícios sugestivos implicando o cérebro
como causa final deste grupo de distúrbios psiquiátricos. Numerosas doenças do sistema nervoso central,
incluindo a paralisia geral e a arteriosclerose cerebral,
são normalmente acompanhadas por sintomas afetivos, particularmente os do TIPO DEPRESSIVO.
como causa final deste grupo de distúrbios psiquiátricos. Numerosas doenças do sistema nervoso central,
incluindo a paralisia geral e a arteriosclerose cerebral,
são normalmente acompanhadas por sintomas afetivos, particularmente os do TIPO DEPRESSIVO.Na PSICOSE ARTERIOSCLERÓTICA, observou um colorido depressivo do síndrome orgânico em mais de um quarto dos casos. As características do síndrome maníaco, tais como a hiperatividade, a alacridade e o sentimento excessivo de bem-estar, são subsequentes às lesões das regiões orbitais dos lobos frontais. 

Também se observam estados maníacos alternando-se ocasionalmente com depressão, nos pacientes com lesões diencefálicas. Um pequeno número de convulsões poderá incidentalmente transformar um paciente depressivo em hipomaníaco, e modificações similares foram observadas recentemente durante o tratamento de pacientes que sofriam de depressão endógena com imipramina e substâncias afins (Barker 1960). Estes fatos apontam a existência de um mecanismo central para a regularização da vida afetiva, possivelmente sob o controle de processos bioquímicos específicos. Poderão surgir maiores indícios sobre as atividades cerebrais possivelmente ligadas aos distúrbios afetivos nas investigações do modo de ação do tratamento convulsivo e da leucotomia pré-frontal.
O tratamento convulsivo leva ao desenvolvimento de explosões síncronas, rítmicas, bilaterais, de ondas lentas observadas em alta voltagem particularmente nas áreas pré-frontais. As alterações podem ser potencializadas pelo uso de tiopentona intravenoso (Roth, 1951). Verificou-se que a frequencia de recaída numa doença depressiva endógena, subsequente estava relacionada com a quantidade de atividade lenta média no Eletro Encefalo Grama E.E.G. (Roth 1957)
e há indícios para associar as alterações do E.E.G. com a atividade crescente no marca-passo diencefálico.
O tratamento convulsivo leva ao desenvolvimento de explosões síncronas, rítmicas, bilaterais, de ondas lentas observadas em alta voltagem particularmente nas áreas pré-frontais. As alterações podem ser potencializadas pelo uso de tiopentona intravenoso (Roth, 1951). Verificou-se que a frequencia de recaída numa doença depressiva endógena, subsequente estava relacionada com a quantidade de atividade lenta média no Eletro Encefalo Grama E.E.G. (Roth 1957) A leucotomia pré-frontal envolve destruição das fibras que ligam o córtex pré-frontal com o dorso medial e os núcleos anteriores do tálamo, que são estações-chave da projeção cortical do hipotalamo posterior.
Aqui muita atenção. Como há esse rompimento, não produz mais o hormônio necessário. Só com o auxílio de medicamentos que o indivíduo sairá da depressão
Vocè prestou atenção na imagem???
Tudo é uma conexão.
Se o hipotálamo, rompe a conexão com os neurónios, não adianta fazer de conta que está alegre, não adianta passear, para fazer a conexão, só com remédios.
Então não brinque com a depressão, não é frescura e sim doença e precisa de medicamentos.
Oriente para quem não sabe, porque isto é muito grave.

HIPOTÁLAMO ACIMA
ABAIXO DIENCÉFALO

ABAIXO BULBO

A leucotomia pré-frontal envolve destruição das fibras que ligam o córtex pré-frontal com o dorso medial e os núcleos anteriores do tálamo
que são estações-chave da projeção cortical do hipotálamo posterior. Aqui, também parece operar um princípio quantitativo; o número de fibras divididas e, em menos extensão, o local da lesão afetam o resultado da operação (Meyer e Beck, 1954) sendo que lesões inadequadas determinam resultado pouco satisfatório. As alterações no ritmo do sono, no apetite, no peso corporal, no ciclo menstrual e libido, após o tratamento eletroconvulsivo e a leucotomia, provavelmente refletem alterações na atividade dos centros reguladores diencefálicos correspondentes, e possivelmente existem mecanismos fisiológicos, comuns aos dois tratamentos (Roth e Garside, 1962).
que são estações-chave da projeção cortical do hipotálamo posterior. Aqui, também parece operar um princípio quantitativo; o número de fibras divididas e, em menos extensão, o local da lesão afetam o resultado da operação (Meyer e Beck, 1954) sendo que lesões inadequadas determinam resultado pouco satisfatório. As alterações no ritmo do sono, no apetite, no peso corporal, no ciclo menstrual e libido, após o tratamento eletroconvulsivo e a leucotomia, provavelmente refletem alterações na atividade dos centros reguladores diencefálicos correspondentes, e possivelmente existem mecanismos fisiológicos, comuns aos dois tratamentos (Roth e Garside, 1962).Monaminas Cerebrais e Depressões
Pesquisas bioquímicas recentes não só avançaram nosso conhecimento sobre o modo de ação das drogas antidepressivas mas também auxiliaram nossa compreensão sobre a fisiopatologia dos distúrbios afetivos. Mostrou-se, por exemplo, que a maior parte da 5-hidroxitriptamina (5-HT) e da noradrenalina (NA) no cérebro estão concentradas nas áreas subcorticais, nas vizinhanças do mesencéfalo superior, do hipotálamo e do terceiro ventrículo (Vogt, 1954). Enquanto que na maioria das regiões cerebrais as catecolominas e dos 5-HT são encontrados juntos, o sistema líbico contém uma alta concentração de 5-HT e muito pouco NA, enquanto que o corpo estriado contém a maior parte da dopamina cerebral (Brodie e Costa, 1962).
As diferentes espécies de efeitos excitantes dos inibidores da monamina-oxidase parecem estar estreitamente relacionadas com as variações na taxa elevada dos níveis de NA por ela provocadas nos cérebros de diferentes animais de experimentação.
Os inibidores da monamina-oxidase provocam um aumento na excitação em animais, como o camundongo, mas não em cachorros e gatos. A diferença parece estar relacionada com a rápida elevação dos níveis de NA no cérebro dos primeiros, nas não dos últimos, nos quais há uma liberação de 5-HT mas não de NA. É preciso falar desse, porque através deles, que fazemos as experiências. Nos camundongos a administração do inibidor NA MO - 9 11 seguido, 12 horas depois, pelo composto alfa-metil- M-tirosina, que libera o NA do cérebro sem afetar o 5-HT, produz uma excitação motora intensao por um período de duas horas ou mais. Os animais correm a grande velocidade de um lado a outro da jaula e tabém apresentam exoftalmia extrema, hepertermia e uma excessiva sensibilidade ao ruído e ao contato. Parece que estes efetios são devidos a um alto nível de NA livre disponível nas zonas receptoras, que pode facilitar a atividade nos canais neuronais associados aos mecanismos adrenérgicos centrais.
Inibidores da Monamina-Oxidase e Dieta
Recentemente verificou-se que inibidores da monamina-oxidase produzem um efeito colateral sério que tem certa semelhança clínica com a crise hipertensiva associada com o feocromocitoma. A tranilcipromina (Parnate), que é um inibidor da MAO não hidrazínico, é um dos principais responsáveis, mas a fenelzina (Nardil), que é uma droga hidrazínica, produz efeitos semelhantes embora com menor frequência.
O síndrome comum consiste em: dor de cabeça grave, geralmente de localização occipital,
, associada com náusea, vômitos e palpitações, acrescidos de um aumento na pressão arterial sistólica e diastólica. Entretanto, em alguns casos há também rigidez da nuca, fotofobia e perda de consciência. Poderão seguir-se complicações neurológicas e, em alguns casos, observou-se uma hemorragia subaracnóide intracranial (Dorrell 1963; Blackwell, 1964 e Marley 1964), com alguns casos fatais.
ATENÇÃO, a associação entre estes sintomas e a ingestão de queijo,
já está bem estabelecida (Thomas, 1963; Blackwell, 1963). Alguns pacientes apresentam doença arterial preexiste: - Mason 1962 descreveu ateroma (alteração degenerativa do revestimento interno das artérias), ateroma cerebral, aneurisma da artéria comunicativa posterior. É claro que em todos estes pacientes, bem como nos hipertensos, o uso destas drogas é contra-indicado. Parece que as crises são determinadas pela absorção de aminas vasoconstritoras do grupo fenil-etilamina (que inclui a tiramina) em forma não modificada. Elas passam do intestino para o fígado e então, provavelmente, para a circulação sistêmica, atuando nos receptores adrenérgicos periféricos.
Além do queijo
, os extratos de levedo, as vagens
, o vinho maduro
também provocam estas crises, cujo mecanismo é semelhante ao provocado pelo queijo. Salientando só para as pessoas que estão neste quadro clínico de depressão.
também provocam estas crises, cujo mecanismo é semelhante ao provocado pelo queijo. Salientando só para as pessoas que estão neste quadro clínico de depressão.Os inibidores da monamina-oxidase provavelmente interferem com a oxidação normal das substâncias tóxicas no intestino e no fígado.
As crises hipertensivas e a perda de consciência também podem ser provocadas pela potencialização dos efeitos dos compostos tricíclicos (imipramina e amitriptilina); o coma prolongado, acompanhado de hepotermia, pode ser provocado pela sua interação com a morfina ou a petidina (Laurence, 1963).
Alterações Neurofisiológicas na Depressão
Outro grupo de achados, que pode ter certo relacionamento com as alterações eletrolíticas e endócrinas, refere-se à alteração da reatividade cortical na 'depressão psicótica', relatada por Shagas e Schwartz 1963. Estes autores mediram o ciclo da reatividade cortical comparando as amplitudes das respostas a estímulos combinados, separados por intervalos variados. Os potenciais corticais foram registrados com elétrodos de superfície usando técnicas comuns. Verificaram que, nos indivíduos normais, havia uma recuperação inicial da reatividade completa durante os primeiros vinte segundos. Subsequentemente houve uma diminuição da reatividade com novo pico de recuperação aos 120 seg. Entretando, em 21 depressivos psicóticos, a recuperação média ocorreu em menos de 50% e nos primeiros vinte segundos. A administração de E.C.T, com ou sem imipramina era associada a uma recuperação de reatividade normal, particularmente nos primeiros vinte segundos. Portanto, o E.C.T, pode dever sua eficácia à normalização da reatividade cortical. As alterações na reatividade cortical são consideradas pelos autores como alterações neurofisiológicas secundárias não identificadas, que podem estar subjacentes à experiência de depressão. É interessante notar que nestes estudos, os pacientes neuróticos, inclusive os que sofriam de depressão, não apresentaram diferenças dos indivíduos normais.
DESENCADEAMENTO
As condições necessárias para provocar uma fase de doença maníaca ou depressiva nestas personalidades temperamentais, é preciso cuidado para a dosagem correta do remédio.
Muitas das 'causas' do colapso relatadas pelos familiares dos pacientes são sintomas da própria doença que se inicia; entretanto, as doenças depressivas são subsequentes a choques emocionais com uma frequência acima da média suposta ao acaso. As doenças deste tipo parecem inicialmente com uma reação emocional compreensível e adequada ao golpe do destino que as produziu, e a partir daí desenvolvem um quadro anomal tanto na intensidade como na duração da alteração afetiva. A interpretação do primeiro ataque é difícil; às vezes o indivíduo que apresenta esta doença 'reativa' desenvolve ulteriormente (que vem depois) psicose regular, sem qualquer choque emocional precedente; de maneira análoga, uma experiência depressiva pode ser seguida por uma doença hipomaníaca. Grande parte do que se escreveu sobre a psicogênese calcou-se na crença de que as diferenças entre as depressões 'endógenas' e 'reativas' são quantitativas. Há indícios de que não é assim, devendo-se admitir uma diferença qualitativa. Em seu estudo dos estados depressivos, segundo as linhas analítico-fatoriais, Kiloh e Garside 1963 verificaram que os síndromes de depressão neurótica e endógena provavelmente eram independentes. A ocorrência de 'distúrbios psicológicos claramente relacionados com o início na doença, e que sugeriam ao observador ter um papel importante em sua gênese', é uma característica importante da depressão neurótica, tendo um alto índice de correlação com este diagnóstico.
Embora a diferenciação entre a depressão endógena e a depressão reativa possa ser difícil, e algumas vezes extremamente difícil em um caso determinado, sempre deve ser tentada e na maiora dos pacientes pode ser bem sucedida
DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
O distúrbio afetivo pode ser o sinal inicial de uma psicose esquizofrênica ou orgânica, por ex: paralisia geral, arterioescleroso e tumor cerebral. Na maioria dos casos estarão presente alguns sinais de lesão orgânica, sob a forma dedeteriorização da memória, períodos breves de obnubilação ou perda da consciência ou alterações precoces da personalidade que, se necessário, poderão ser reveladas por uma anamnese cuidadosa. Entretanto, ocasionalmente o quadro será o de uma psicose puramente depressiva com menor frequência maníaca. Em todos os casos faz-se necessário um exame físico cuidadoso que deve ser repetido em presença de algum fenômeno incomum. Se os dados físicos forem negativos, o diagnóstico poderá ser ajudado por um histórico de doenças semelhantes. Se antes ocorreram tanto uma crise maníaca como uma depressiva, o diagnóstico de psicose afetiva poderá fixado. Pode-se obter mais auxílio do antecedente familiar de psicoses semelhantes nos parentes próximos e também através da constituiçãol psicológica e somática do paciente. Não obstante, um ciclotímico constitucional poe ter uma psicose afetiva desencadeada por um processo orgânico decorrente de uma paralisia geral ou de uma senilidade inicial.
Embora os sintomas de uma psicose afetiva sejam facilmente reconhecidos após seu desenvolvimento completo, por ocasião de sua primeira aparição eles poderão ser difusos e vagos. Podem assumir a forma de sintomas físicos; e poderá ser necessária a argúcia (finura de observação) clínica no diagnóstico diferencial entre a doença depressiva e alguma forma de doença física. Ziegler (1939) coligiu (concluiu) 111 casos de depressão que inicialmente se apresentaram a um cirurgião ou clínico para o alívio de seus sintomas corporias e fez um breve relatorio de como estes doentes foram gorsseira e totalmente mal interpretados. A exclusão de doença física deve basear-se inteiramente nas obseervações negativas do exame físico.
Deve-se lembrar que as psicoses afetivas podem ocorrer em indivíduos sem um temperamento ciclóide claro e, embora algumas destas doenças apresentem características incomuns derivadas da personalidade do paciente, o que dificulta o diagnóstico, outros apresentam ataques típicos de depressão ou mania.
DEPRESSIVO CONSTITUCIONAL
Este temperamento frequentemente passa despercebido porque o depressivo constitucional é quieto e reservado e gosta de manter-se na obscuridade. Ele toma tudo como um fardo pesado e está sempre inclinado a ver o lado sombrio de qualquer ocorrência. É pessimista, chora facilmente e é susceptível de melancolias prolongadas, não tendo autoconfiança. Como Kretschmer apontou, nem sempre está triste mas responde com maior facilidade às situações depressivas. Alguns indivíduos desse tipo são profundamente religiosos, com uma piedade puramente emocional, sem fanatismo ou intolerância.
Embora a maioria destes indivíduos apresente certa falta de energia e falta de impulso, são eficientes em campos circunscritos, por ex., como funcionários públicos. Eles têm uma vida quieta e isolada, com poucos amigos mas não são insociávies. Sem dúvida alguma, sua suave melancolia, seu pessimismo geralmente enriquecido por um humor sutilmente irônico tem um certo charme. Podem ser considerados 'nervosos' por seus familiares ou por si mesmos, mas raramente vão a um psiquiatra para tratamento. Podem desenvolver traços obsessivos mínimos ou preocupaçóes hipocondríacas. Esta tendência, ou flutuação de humor mais graves podem levá-los a consultar um psquiatra; mas abondonam prontamente essa assistência e retornam a seus remédios caseiros (perigo para um depressivo), à sua rotina própria. E se for falar com eles, utilizarão de mecanismo de defesa para defender sua posição.
HIPOMANÍACO CONSTITUCIONAL
Este temperamento é o oposto do depressivo e, igualmente, com frequencia não é diagnosticado. Suas principais características são: fluxo abundante de energia, vivacidade, sociabilidade, entusiasmo e resistência à fadiga. Os hipomaníacos são realistas, não perdem as oportunidades, são versáteis e frequentemente bastante superficiais. Cheios de ideias, tem uma habilidade natural de tratar com as pessoas e resolver situações. Devido à sua pouca tenacidade, são levados pela impressão do momento e facilmente desviados de seu objetivo por algo novo. Têm muitos amigos, vêem o melhor em todas as pessoas e em todas as coisas e nunca desanimam por seus fracassos. Estes tipos são comuns e frequentemente se encontram em posições de importância, onde foram levados pela sua exuberante energia. Mas podem envolver-se em dificuldades dado o seu otimismo exagerado, fazendo inimigos pela tendência à ousadia ou por falharem nos momentos críticos, devido à recaída súbida em estados de depressão e derrotismo.
Os hipomaníacos são encontrados entre diretores de empresa, políticos, jornalistas, viajantes comerciais etc. Existem muitas variantes, algumas das quais descritas pela linguagem pitoresca de Kretschmer. Se o hipomaníaco se apresentar impossibilitado por alguma doença física, poderá desenvolver uma forma exautiva de hipocondria que o levará de um consultório a outro. Se vítimas de burocracia ou de alguma pequena injustiça, alguns hipomaníacos tornam-se querelantes (discussão, até chegar ao ponto dele) incansáveis e, devido à sua grande energia, torna-se muito difícil influenciá-los.
Entretanto, no cômputo geral, os hipomaníacos e os depressivos constitucionais raamente apresentam tendências associadas ou anti-sociais, são bem adapatados e membros valiosos da sociedade.
CICLOTÍMICO CONSTITUCIONAL
As alternativas de humor do depressivo para o hipomaníaco, por períiodos que duram alguns meses, sem produzir nunca uma mudança exagerada, configuram o quadro da constituição ciclotímica. Ela talvez seja menos frequente que nos outros dois 'estados básicos', mas sua exist^^encia em artistas e escritores atraiu alguma atenção, principalmente quando novelistas como Bijörnsen e H. Hesse ofereceram descrições características desse estado. Embora estas oscilações de humor nunca se interrompam, há outras com intervalos de normalidade mais ou menos prolongados.
No estado hipomaníaco o paciente sente-se bem, mas a existência de tais estados acentua seu sentimento de insuficiência e mesmo de doença nas fases depressivas. Nestas ocasiões ele geralmente procura o médico queixando-se de sintomas vagos, como dor de cabeça, insônia, prostração e má digestão. A extirpação de focos sépticos no apêndice, dentes, amígdalas ou sinusite, uma cura numa estação de águas, uma aplicação do tratamento de Weir Mitchell, um cruzeiro matítimo, a hidroterapia, massagem, tratamentos fisioterápicos ou a psicoterapia produzirãpo uma cura rápida (MAS SÓ AQUI NOS CICLÓTIMICOS CONSTITUCIONAL, NOS DEMAIS, PRECISAM DE REMÉDIOS), uma vez que a mudança no sentido da normalidade ou estado hopomaníaco já se terá iniciado espontaneamente. Em casos típicos esses ciclos que se alternam duram a vida toda. Nos artistas, músicos e outros indivíduos criativos, de temperamento ciclotímico o rítmo dos ciclos pode ser estabelecido pelas datas do início e do fim de seu trabalho produtivo.
Alguns ciclotímicos têm um ritmo sazonal e adaptaram suas vidas e ocupações de forma tão adequada que não necessitam cuidados médicos.
Psicoses Afetivas - DEPRESSÃO
Não é difícil reconhecer o começo de uma depressão somente pela aparência geral. O paciente parece cansado e preocupado. Geralmente a tristeza de ânimo reflete-se tanto na postura e no movimento como na expressão facial. Com o aparecimento da inibição psicomotora há diminuição na riqueza habitual da liberdade de expressão e do gesto. Uma expressão de indiferença pode ocultar o humor verdadeiro. A 'letra grega omega' entre as sobrancelhas e as rugas de Verguth nas pálpebras superiores foram consideradas características, mas 'a análise do traço por traço é menos informativa do que o aspecto global do doente'.
A história relatando uma mudança no comportamento do paciente é um elemento característico de importância; afasta-se de suas atividades sociais usuais, evita seus amigos na rua, e se forçado a ficar em companhia deles, parece chateado, desatendo e pouco ineressado em assuntos que normalmente despertam seu interesse. Há uma dminuição da produtividade em todas as esferas. Os estudantes se sentem enfadados e desgostosos de seu professor; as cartas do homem de negócios permanecem sem respsota ou mesmo sem serem abertas. O trabalho é moroso e executado com grande dificuldade. A dona de casa nunca termina seus afazeres, deixa coisas importantes por fazer e torna-se cada vez mais negligente em sua aparência pessoal. Uma atmosfera de descuido e indolência invade totalmente a vida do paciente. Consciente da mudança, pode tentar ocultá-la dos que o cercam, talvez com algum sucesso temporário. Executa suas tarefas comuns com um esforço imenso, mas evita qualquer tarefa nova ou fora de sua rotina normal, procuranto proteger-se contra pedidos que, sabe, não conseguira executar. Um amigo ou parente observador poderá notar a mudança mas a tomará por fadiga ou doença física. Poderã consultar um édico, que também enganado, pode aconselhar uma mudança de ambiente, uma visita a uma estação de águas, um cruzeiro marítimo ou uma vida de alegrias e atividades sociais intensas, as quais somente acentuarão o sentimento de insuficiencia do paciente. Por outro lado, algum sintoma físico, que tem sido o centro da crescente tendência à auto-observação do pacientetorna-se o foco de cuidados médicos ou mesmo cirúrgicos.
O suicídio, ou uma tentativa, geralmente é o rpimeiro sintoma alarmante d euma doença depressiva; é o primeiro e o último sintoma de muitas doenças depressivas que ocorre quando a inibição psicomotora ainda não é evidente e os familiares não notaram ainda sua doença. Na maioria dos casos as tentatvas de suicídio são desesperadamente graves e o suicídio torna-se o maior perigo a aeaçar o paciente. O suicício geralemtne é planejado cuidadosamente, e na forma escolhdia geralmente não são levados em considração a intensidade da dor física e o sofrimento que poderá causar.
O paciente pode apresentar-se ao médido com algumas das muitas quixas cujo número corresponde às variadas formas pelas quais a doença é experimentada subjetivamente. A queixa pode ser a de perda súbida e completa de interesse e satisfação nas atividades normais; de um reconhecimento desconfortável, de redução de rapidez de pensamentos e de ação; de dificuldade em atividades mentais normalmente fáceis; de incapacidade de tomar qualquer decisão mesmo em assuntos triviais; de 'perda de força de vontade', ou de um sentimento de incapacidade só eliminado pela ingestão de quantidades crescentes de álcool ou café. Sintomas físicos poderão estar presentes: sensação geral de fadiga, de pressão na cabeça ou no tórax, de peso em todos os membros, de insônia, perda de apetite e constipação. O paciente poderá desenvolver uma hipocondria exagerada com base nestas e noutras desagradáveis sensações físicas, continuando convencido de sua constipação (traduzindo>>>>>> estado mórbido, caracterizado por inflamação aguda e catarro nas fossas nasais, defluxo, resfriado e também tem constipação que é prisão de ventre. Enfim, acreditando em sua constipação ou insônia mesmo após convenientemente tratado, ou tomando algum outro sintoma físico para novas queixas. Esta hipocondria pode apresentar-se também em sintomas psicológicos, tais como medos e ansiedades exageradas, especialemtne o medo de tornar-se louco; tais sintomas e também a auto-reprovação e as ideias delirantes de culpa podem constituir as únicas queixas do paciente.
Nos estados depressivos, o humor inicial de indiferença pode durar por um tempo considerável, porém, mais cedo ou mais tarde será substituído por uma tristeza que pode variar desde a tristeza relativamente leve até o desespero completo oprimindo a totalidade da vida mental. Simultaneamente há uma diminuição da capacidade de resposta afetiva. normal para as situações tristes ou alegres, fenômeno que é simplesmente um dos aspectos de uma insuficiência generalizada de todas as atividades mentais.
A ansiedade, em uma ou outra forma, é geralmente um dos componentes do estado de ânimo mais frequentes do que se poderia crer só pelas manifestações espontâneas dos pacientes. Perguntas diretas geralemnte revelarão sua existência, em parte responsável pelas ideias delirantes. Pode manifestar-se principalmente sob a forma de ataques de ansiedade ocorrendo mais frequentemente durante a noite ou na madrugada. Podem durar horas, durante as quais o paciente se apega, em terror pânico, aos que o cercam; ou poderá ocorrer um estado de medo mais leve, porém mais duradouro, que preenche de tal modo o quadro afetivo que a presença de uma depressão subjacente é quase uma questão de conjectura.
A inibição psicomotora, como se pode ver claamente pelas descrições de pacientes inteligentes, não se confunde com a absorção de energia e de interesse pelo pesar. Embora alguns pacientes, destituídos de outras atividades espontâneas, falem livremente sobre suas preocupações pessoais, outros apresentam uma inibição uniforme de toda a vida mental, e podem ser tomados erroneamente por indolentes, estúpidos ou dementes, até que ao aproximar-se a cura, a inibição, diminua e volta a atvidade mental. A inibição é experimentada como um fardo quase intolerável especialmente por assumir as funções superiores da vontade, do propósito e da decisão. O paciente sente-se incapaz de iniciar ou prosseguir qualquer sequência complexa de pensamento; a força da imaginação falha; as ideias e as imagens perdem sua vivacidade; a memória não responde prontamente ao se tentar recordar; há uma diminuição da capacidade para a auto-expressão e a fala exige grande esforço.
Esta inibição subjetiva nem sempre corresponde ao que se observa objetivamente e é acentuada no paciente por seu aspecto geralmente sombrio; percebe que suas faculdades mentais estão piorando e teme uma deterioração progressiva. A inibição do movimento de palavra que se observa está combinada com uma sensação de inquietude inerior, 'uma ruminação agitada sobre assuntos que se repetem sempre de desesperança e tristeza, uma ronda incessante de pensamente doloroso. À medida que aumenta a inibição, mesmo as ações relativamente simples exigem um excessivo tempo e são executadas como em luta contra alguma resistência. Finalmente pode chegar-se a um estado de estupor ou semi-estupor, no qual todas as atividades, mesmo as mais simples, tanto espontâneas como provocadas, apresentam o mesmo fenômeno. Raramente o estupor é completo nas depressões. Os movimentos oculares geralmente escapam da inibição motra generalizada, e os paciente continuam cuidando eles próprios do asseio na defecção e na micção.
As idéias delirantes, embora às vezes estejam presentes, não são essenciais para a doença depressiva. Só alguns poucos pacientes tomam uma atitude objetiva com relação a seus sintomas, como fa zo homem normal com relação aos sintomas de uma doenças física.
A inteligência e a memória se conservam intactas nos estados depressivos pelo menos até onde são acessíveis aos testes. A inibição grave pode simular estupidez ou até mesmo demência, mas no momento em que o paciente se torna acessível verifica-se que suas faculdades estáo intactas.
O distúrbio do sono é o mais importnate dos sintomas somáticos. Às vezes a insônia precede (estar adiante) todos os outros sintomas psicológicos, e arecuperação do sono pode ser o primeiro sinal de uma cura que se aproxima. Os pacientes podem ter dificuldade para dormir, porém o mais cracterístico é que acordem de madrugada e não conseguem dormir novamente. O sono não é reparador e, às vezes, é perturbado por pesadelos horrívels. No curso curso de investigações dom 527 pacientes com depressão endógena e 127 com depressão reativa. Hinton (1963) não cnseguiu demonstrar qualquer diferença na duração do sono ou sua distribuição através da noite entre os dois grupos nem pode observar qualquer diferença em seu grau de inquietude.
Há muito o que falar da DEPRESSÃO, por aqui, observamos que é um campo vasto, ainda faltam 29 outros tipos de DEPRESSÃO. Mas já com essa ideia, você poderá ajudar quem está e encaminhá-la para as providências corretas. Conscientize e informe, DEPRESSÃO É DOENÇA, NÃO TRATE COM PRECONCEITO E AJUDE QUEM ESTÁ PRECISANDO.

















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